PROGRESSO EM ÁGUA POTÁVEL E SANEAMENTO NA ZONA RURAL DO UÍGE, ANGOLA: PERÍODO DE 2003-2023
Palavras-chave:
Inquérito, consumo de água potável, saneamento básico, zona rural, eixo Uíge-Negage.Resumo
A água é o líquido precioso mais procurado e consumido no mundo. O bem-estar da população depende da sua qualidade e quantidade. O objectivo do estudo foi de avaliar a evolução do abastecimento de água potável e de saneamento no eixo Uíge-Negage de 2003 até 2023. Para recolha de dados, foi utilizado um inquérito por questionário semiestruturado, aleatório e auxiliado de observação directa no campo em seis aldeias da província do Uíge. No total foram entrevistados 374 chefes de agregados familiares. Os resultados desta pesquisa mostraram que em média, os agregados familiares entrevistados tinha 4 membros. Também eles consomem em média 40 Litros de água por dia. Duas das seis aldeias possuem um sistema de abastecimento de água potável de base por gravidade, três abastecem por motobomba nas fontes de água não melhoradas, e uma nunca teve sistema de abastecimento de água. Quanto ao saneamento básico é limitado com uso de latrinas a fossas sépticas ventiladas, latrinas com evacuação, latrinas secas ventiladas e latrinas secas com lajes. Além disso, cerca de 43 % defecam no espaço livre. A maioria de aldeões (80 %) eliminam os resíduos sólidos no ar livre. Por último, o estudo revelou que a má qualidade de água potável e saneamento precário são relacionados a certas doenças como o paludismo, a diarreia, e a febre tifóide. A evolução para um saneamento melhorado e gerido com segurança requer um grande esforço e formação por parte da população, para favorecer o bem-estar e sustentabilidade em água potável.
Downloads
Referências
ALMEIDA, Rui Moreira, e MIRANDA, Sabino José. Plano Geral de Contabilidade Angolano. 2014.p.17.
Aubry, P., & Gaüzère, B. (2021). Les maladies liées à l’eau: Institut de Medecine tropicale. In Centre René Labusquière (Université de Bordeaux), (pp.1–10). http://medecinetropicale.free.fr/cours/eau.pdf
BAD, OCDE, & PNUD. (2016). Perspectives économiques en Afrique 2016: Villes durables et transformation structurelle. (15è ed.). OCDE. DOI : http://dx.doi.org/10.1787/aeo-2016-fr.
Camdessus, M., Bardré, B., Chéret, I., & Ténière-Buchot, P. F. (2004). Eau. Robert Laffont.
CEA, UA, BAD, & PNUD. (2014). Évaluation des progrès accomplis en Afrique dans la réalisation des objectifs du millénaire pour le développement: Analyse de la position commune africaine sur le programme de développement pour l’après 2015. Commision économique pour l’Afrique. https://www.undp.org/sites/g/files/zskgke326/files/publications/MDG_Africa_Report_2014_FR.pdf
Fidele, M. K. (2023). Conception d’une station expérimentale de traitement des eaux usées par filtres plantés des macrophytes: Cas de l’université Kimpa Vita d’Uíge-Angola. (1a ed.). Editions universitaires européennes.
Governo de Angola (GoA). (2013). Decreto presidencial n.o 9/13, 31 Janeiro: Programa nacional estratégico para água 2013-2017. In diário de República: Órgão oficial da República de Angola. Luanda. (pp. 250–284).
Governo de Angola (GoA). (2014). Resultados preliminarios do recenseamento geral da população e da habitação de Angola 2014. INE. Luanda.
Governo de Angola (GoA) & o PNUD. (2005). Angola: Objectivos do desenvolvimento do milénio 2005. MINPLAN. Luanda.
Governo Provincial do Uíge (GPU). (2012). Perfil da Província do Uige: Planeamento da Província do Uíge. ConsultórioJMJ-Angola. Luanda.
Mampuya K., F., & Philippe, A. (2020). Residual wastewater treatment by an aquatic plant system in tropical area: Assessment of Arundo donax and Pennisetum purpureum schumach. In International Journal of Water and Wastewater Treatment, 7(1), 1–9.
Organização mundial da saúde (OMS). (2016). Rapport de la situation fièvre jaune de 28 octobre 2016. In Organização mundial da saúde, 1–7.
Organização mundial da saúde (OMS). (2017). Des services d’approvisionnement en eau potable gérée en toute sécurité: Rapport thématique sur l’eau potable 2017. Anna Grojec.
Ouattara, P. J. M., Coulibaly, L., Manizan, P. N., & Gourène, G. (2008). Traitement des eaux résiduaires urbaines par un marais artificiel à drainage vertical planté avec Panicum maximum sous climat tropical. In European Journal of Scientific Research, 23(1), 25–40.
Tekam, D. D., Vogue, N., Nkfusai, C. N., Ela, M. E., & Cumber, S. N. (2019). Access to safe drinking water and sanitation: A case study at the district community, in Douala V (Cameroon). In Pan African Medical Journal, 33, 1–8.
Tezanou, K., & Magloire, B. (2015). L’accès à l’eau potable et à l’assainissement au Cameroun: situation actuelle, contraintes, enjeux et défis pour l’atteinte de I’OMD 7. In Revue econoomie & management. 9(1), 111–124.
Tillé, Y. (2019). Théorie des sondages: Échantillonnage et estimation en populations finies. (2e ed.). DUNOD.
UNICEF, A., & ADRA, A. (2016). Água e saneamento em Angola no orçamento geral do estado (OGE) 2016.
UNICEF, & OMS. (2019). Progrès en matière d’eau , d’assainissement et d’hygiène des ménages 2000-2017: Gros plan sur les inegalités. Richard Steele.
Vogel, M. H. (s.d.). Kit de sensibilização sobre o rio Kunene. Água e saneamento em áreas rurais e urbanas. En Ligne, En ligne, consulté 24/08/2020, 1–2.
WHO. (2005). Weekly epidemiological record / Outbreak news: Marburg haemorrhagic fever, Angola-update. 80(23), 201–212.
WHO. (2017). Weekly epidemiological record: Choléra 2016. In World Health Organization, 92(36), 521–536.
WHO, & UNICEF. (2017). Progress on drinking water, sanitation and hygiene: 2017 Update and SDG baselines. Anna Grojec.
Younsa Harouna, H. (2014). The issue of sanitation in the district Talladjé. Mémoire de maîtrise. Departamento de Geografia (Universidade Abdou Moumouni), 91p. https://www.researchgate.net/publication/263789028_The_issue_of_sanitation_in_the_district_Talladje

