FREQUÊNCIA DA VAGINOSE BACTERIANA EM MULHERES EM IDADE FÉRTIL DOS 13 AOS 40 ANOS

Autores

  • Manuel Augusto António João Instituto Superior Politécnico de Ndalatando
  • José Pedro João Queta
  • Ngandu Wambayo
  • Hamilton Valdemar Sousa da Silva

Palavras-chave:

DSTs, Infecções vaginais, Mulheres, Vaginose bacteriana

Resumo

O presente estudo teve como objectivo determinar a frequência da Vaginose Bacteriana em mulheres em idade fértil atendidas no Hospital Materno Infantil do Cuanza Norte, no período de outubro de 2023 a março de 2024. A metodologia adotada foi uma pesquisa descritiva do tipo observacional transversal, com abordagem quantitativa, utilizando métodos diagnósticos, estatísticos e matemáticos para a obtenção e análise dos dados. Os resultados revelaram que, dos 482 pacientes avaliados, 196 (41%) testaram positivo para Vaginose Bacteriana, enquanto 286 (59%) apresentaram resultados negativos. Em relação à distribuição etária, as faixas de 17-20 e 29-32 anos apresentaram maior incidência, com 29 casos cada (18%). O pico de ocorrências foi registrado em janeiro de 2024, com 45 casos (22,9%), seguido de dezembro de 2023, com 38 casos (19,3%). Quanto à origem dos pacientes, os bairros dos Imbondeiros e Sambizanga foram os mais afetados, com 21 (10,7%) e 18 casos (9,3%), respectivamente, enquanto os bairros Carreira de Tiro e Estação apresentaram os menores números, com 6 casos cada (3%). Entre os tipos de infecções vaginais, a Vaginose Bacteriana foi a mais prevalente, com 116 casos (59%), seguida pela Candidíase (45 casos; 23%) e Tricomoníase Vaginal (35 casos; 18%). Conclui-se que a Vaginose Bacteriana representa um problema significativo de saúde pública, exigindo medidas preventivas e estratégias eficazes de controlo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Abrão H. (1889).Vaginose bacteriana e Gardnerella vaginalis. DST – J Brás Doenças Sex Transm 1989; 1(2): 67-69.

ALLSWORTH, J. E.; PEIPERT, J. F. Prevalence of bacterial vaginosis: 2001–2004 National Health and Nutrition Examination Survey data. Obstetrics & Gynecology, v. 109, n. 1, p. 114-120, 2007.

Anderson, M.R.; & Friedland, S. (2004). Are vaginal symptoms ever normal? A review of the literature. Med Gen Med; New York, v.6: p.49-53, 2004.

Anukam, K C.; &; Olise, N.(2014). Evaluation of bacterial vaginosis (BV) using Nugent scoring system. J Med Biomed Res, 13(1), 25-32, 2014

Aroutcheva, A. et al. (2001). Defense factors of vaginal lactobacilli. Am J Obstet Gynecol; Saint Louis, v.185, n.2: p.375, 2001.

Backer, E. D.; & Verhelst, R.. et al. (2007). Quantitative determination by real-time PCR of four vaginal Lactobacillus species, Gardnerella vaginalis and Atopobium vaginae indicates an inverse relationship between L. gasseri and L. iners. BMC Microbiology, 7:115, 2007

Bagnall, P.;& Rizzolo D.; (2018). Bacterial vaginosis: A practical review. Publish ahead– of-print., 2017.

BATES, B. Bates' Guide to Physical Examination and History Taking. 8. ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2003.

Bates, S.(2003). Vaginal discharge. Curr. Obstet. Gynaecol. v.13, p.218- 223, 2003.

Bautista, C. T.;(2014). Bacterial vaginosis: a synthesis of the literature on etiology, prevalence, risk factors, and relationship with chlamydia and gonorrhea infections. Military Medical Research, 3(1), 4, 2016

Boyle, D. C.; & Barton S. E.; et al. (2023).Is bacterial vaginosis associated with cervical intraepithelial neoplasia? Int J Gynecol Cancer, 13, 159– 163, 2003

Brotman, R. M. et al(2014). Association between cigarette smoking and the vaginal microbiota: a pilot study. BMC Infect. Dis. 14:471,.

Copetti, N. (2004). Manual de Técnicas citológicas da Faculdade de Medicina da UFRGS. Porto Alegre: UFRGS, 2004. 31 p.

FREDRICKS, D. N.; FIEDLER, T. L.; MARRA, C. M. (2019). Molecular identification of bacteria associated with bacterial vaginosis. New England Journal of Medicine, v. 353, n. 18, p. 1899-1911.

HILLIER, S. L.; KLEBANOFF, S. J.; ESCHENBACH, D. A. (2021). Bacterial vaginosis: advances in pathogenesis, diagnosis, and treatment. Clinical Microbiology Reviews, v. 8, n. 4, p. 593-621.

Polattif .F. (2012). Bacterial vaginosis, Atopobium vaginae and nifuratel. Curr Clin Pharmacol, 7(1), 36–40, 2012

Porto, A.G.M. (2000). Infecções sexualmente transmissíveis na gravidez. Rio de Janeiro: Atheneu, 2000.

Rebuças, K.; & Junior. J. L.. et al (2014). Influence of human papillomavirus infection on the vaginal microbiome of women with immunocompetency. DST - J bras Doenças Sex Transm, 26,(1-4), 5-9, 2014.

REID, G.; HOWLETT, J.; MCBROOM, T. (2023). Lactobacillus and bifidobacterium therapy in women: efficacy and safety. International Dairy Journal, v. 11, n. 8, p. 817-822, 2001.

VERSTRAELEN, H.; SWIDSINSKI, A. (2022). The biofilm in bacterial vaginosis: implications for epidemiology, diagnosis and treatment. Current Opinion in Infectious Diseases, v. 26, n. 1, p. 86-89, 2013.

Downloads

Publicado

2025-09-08

Como Citar

João, M. A. A., Queta, J. P. J., Wambayo, N., & da Silva, H. V. S. (2025). FREQUÊNCIA DA VAGINOSE BACTERIANA EM MULHERES EM IDADE FÉRTIL DOS 13 AOS 40 ANOS . ALBA - ISFIC Research and Science Journal, 1(8), 329–342. Obtido de https://www.alba.ac.mz/index.php/alba/article/view/402